Museu Filatélico Numismático Brasileiro

Filatelia, Selos, Cartas, Recibos, Documentos Históricos, Olho de Boi
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Acervo do Museu Filatélico Numismático Brasileiro. História Postal, Filatélica, Fiscal e Numismática Brasileira. Selos, cédulas e documentos que falam do nosso passado...

Apresentação do MuFiNuBra

História Postal, Filatélica, Fiscal e Numismática Brasileira. Selos, cartas, cédulas, moedas e documentos que falam do nosso passado. ESSE MUSEU NÃO TEM APOIO DA PREFEITURA DE NITERÓI.

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O MuFiNuBra é conhecido por alguns como Museu do Selo, Museu de Selos Antigos, Museu de Cartas e Manuscritos ou Museu de Documentos. Por outros é conhecido como Museu da Moeda, Museu das Cédulas, Museu das Notas Antigas ou Museu de coisas do Passado. Ele é tudo isso e também é um contatodor de detalhes da história do Brasil. É curioso notar que não existe no Brasil, outro museu filatélico-numismático (filatélico = selos;  numismático = cédulas e/ou moedas). Temos, todavia, conhecimento de um filatélico e três numismáticos. O MuFiNuBra tem como objetivo, vincular a história aos testemunhos filatélicos numismáticos. No sítio, que tem o formato idealizado para o Museu e arrumação cronológica, o visitante pode usar a ferramenta ¨Destaques¨ para ir direto ao assunto que lhe chamar a atenção. O objetivo é fazer com que as peças de sua coleção contem a história do Brasil. Por tanto, o visitante não estará vendo somente uma coleção. O MuFiNuBra dispõe suas peças classificadas em ordem cronológica vinculado à história, usando portanto, as peças de sua coleção como testemunho para que o público tenha a sua atenção estimulada.  O material que está na Internet é só uma pequena parte do que temos. É somente o início do trabalho, o que conseguimos preparar até o momento. Temos em estudo peças como: carta de 1699 assinada pelo Rei de Portugal (Dom Pedro II de Portugal) mandando construir engenho de açúcar no Brasil: outras 4 cartas deste mesmo Rei (três de 1698 e uma de 1700) tratando de outros assuntos; Cartas da Rainha Dona Maria de 1872; carta de Privilégios assinada por Dom João VI; muitas cartas militares oficiais da Independência da Bahia, da Confederação do Equador, da Guerra do Paraguay e da Balaiada; algumas missivas oficiais tratando de assuntos do Império do Brasil; Carta oficial de Prudente de Morais narrando fatos da Proclamação da República e da reação do povo de São Paulo; e ainda muitos outros com assinaturas de autoridades e personagens de nossa história (Regente Feijó; Campos Salles, Floriano Peixoto, Epitássio Pessoa, Júlio Prestes e outros). Farto material com detalhes novos de nossa história e que podem originar novas publicações. Veja no final do sítio link da Organização Não Governamental História de Papel, idealizadora e organizadora do MuFiNuBra, com resumo de seu estatuto.

Filatelia, é uma palavra derivada do grego, significando ¨amigo do selo¨. Define o estudo dos selos postais, o hábito ou gosto de colecioná-los. Pré-filatélico é o período situado antes do aparecimento do selo postal, isto é, antes de 1840 para o mundo, e antes de 1843 para o Brasil. Precursores são subscritos, cartas e fragmentos que circularam antes do aparecimento do selo postal.

Alguns dizem que foi no Egito que começou à história dos correios. Uma camponesa encontrou nas ruínas da cidade de Amarna, umas pranchetas de barro com inscrições em hieróglifos. Especialistas que estudaram as peças verificaram que os egípcios enviavam, por meio delas, suas mensagens para os pontos distantes do país. Esse processo foi intensificado a partir da 19ª Dinastia. As cartas enviadas eram gravadas em baixo relevo, sobre ladrilhos de cerâmica. Mensageiros percorriam o império egípcio para entrega de correspondência. Depois dos egípcios, os persas adotaram o correio, utilizando mensageiros a cavalo, para a entrega da correspondência. Também os gregos, fenícios e cretenses tiveram seus serviços postais. O primeiro serviço de correspondência aérea foi dos fenícios e cretenses, que utilizavam pombos e andorinhas. Alguns historiadores, porém, apontam os chineses como os pioneiros das comunicações postais com serviços regulares de correio, por volta do ano 4000 a.c. Parece obvio acreditar que assim que o homem começou a escrever, começou a trocar correspondências.

O editor, impressor e comerciante Jean-Baptiste Moens, nascido em 27 de maio de 1833 em Tournai, Bélgica publicou em 1862 o “Manuel des Collectionneurs de Timbres-Poste” e editou entre 1863 e 1900 o Jornal “Le Timbre-Poste”. Foram estas publicações que trouxeram os valores dos selos postais novos e carimbados do mundo inteiro. Cientes disso, algumas pessoas passaram a não jogar fora os selos postais novos e carimbados. Com o tempo o mercado cresceu e o que deveria ir para o lixo passou a ser ajuntado, arrumado, classificado. D. Manuel, o Rei Venturoso, nomeou o fidalgo Pedro Álvares Cabral, almirante da frota que partiu no dia 9 de março de 1500, do Tejo rumo ás Índias. Apesar de outros navegantes espanhóis como Alfonso de Ojeda e Vicente Yanes Pinson terem percorrido a foz do Amazonas, chamado de Mar Dolce, anos antes, coube a Cabral a notícia de um novo mundo. Eis a importância que existe na comunicação escrita. A notícia de um novo mundo foi perpetuada pela famosa carta de Pero Vaz de Caminha, escrivão da frota, que escreveu as boas novas em várias folhas de papel de excelente qualidade. O dia 22 de Abril é tido como o dia do Descobrimento do Brasil. A carta de Pero Vaz de Caminha é portanto, a primeira peça circulada entre o Brasil e Portugal.

No Brasil, a correspondência, muito antes do selo postal, já existia e circulava principalmente entre as grandes cidades (Rio de Janeiro, Salvador e Recife) e Portugal. Chamamos a isso de Correio Marítimo. O correio dentro do território nacional era escasso. As estradas mal existiam e em 20 de abril de 1730 a Coroa Portuguesa havia proibido o estabelecimento de linhas postais para o interior. Havia ocorrido a famosa revolta de Filipe dos Santos em Minas Gerais, uma forma de reduzir os conflitos e conspirações era dificultar a comunicação. Cabia aos viajantes, tropeiros a condução de cartas, bilhetes e mensagens. Além mar, no século XVII, são conhecidas poucas peças até o momento. Temos no MuFiNuBra seis destas.  Dentro do Brasil a carta circulada mais antiga conhecida, até pouco tempo, era uma de 1767 entre a atual Cruzilia (antigamente Encruzilhada) em Minas Gerais, e Parati, no Rio de Janeiro (escrito na época Paratti). Temos uma de 1700 de Pernambuco para a Bahia e outras sete mais antigas que esta.

Em 20 de janeiro de 1798 uma lei decretada pela Rainha D. Maria I estabeleceu as tarifas postais para as cartas de ultramar e o primeiro porte foi fixado (Portugal/Brasil) em 80 réis (metade para a Ilha da Madeira). Dentro do território nacional a tarifa era calculada em 10 réis para cada 15 léguas. Em 1829, com a centralização dos serviços postais, saiu uma tabela de portes que seriam pagos no destino e a limitação de 200 réis para cartas enviadas para localidades distantes (mais de 300 léguas). O porte era pago na chegada e em função da distância. Por isso mesmo é muito raro encontrar uma sobrecarta pré-filatélica com pagamento antecipado de tarifa. Quando isso ocorre vê-se a indicação PG e em seguida o valor pago adiantado. Existem carimbos com a indicação PORTE PAGO, mas são muito raros. Repare que as cartas não apresentam o endereço e não tem remetente. Não existiam envelopes.

 

Numismática é a ciência que trata de medalhas e moedas, e do papel-moeda, as cédulas.

A primeira emissão do Tesouro Nacional se deu em 1828. Tinha por finalidade tirar do mercado as moedas de cobre, porque havia dentre elas muitas moedas falsas. Para isso, o Governo emitiu cédulas de mesmo valor das moedas no intuito de trocá-las, inclusive nas Províncias. Apesar do rigor da Lei, também apareceram cédulas falsas. O Governo mandou estampar na Inglaterra papel-moeda com características técnicas para evitar a falsificação e unificar o meio circulante, e recolheu todas as cédulas emitidas pelas Províncias. A partir de então o Tesouro Nacional obteve o monopólio de emissor de papel-moeda no País.

Em 1906 foi criada a Caixa de Conversão. Para efeito de emissão e conversão de moedas de ouro em cédulas, emitiu as cédulas nos valores de 10.000, 20.000, 50.000, 100.000, 200.000, 500.000 e de 1.000.000 de Réis. A Caixa de Conversão funcionou até o ano de 1931.

No ano de 1922 foi criada a Casa de Estabilização com a finalidade de trocar ouro em barra e amoedado por cédulas. Não obteve êxito. O Governo então decreta seu encerramento dando vazão para que seus bilhetes pudessem ser trocados por cédulas no Banco do Brasil. Daí o Banco do Brasil passou a ser também o emissor de cédula até o ano de 1942, quando da implantação do Novo Sistema Monetário: trocava-se 1.000 (um mil) Réis por 1(um) Cruzeiro.

 A reforma monetária em 1967 retirou os três zeros dos valores, passando a chamar-se Cruzeiro Novo. Uma nova reforma em 1986 mudou o nome para Cruzado, retirando três zeros do Cruzeiro Novo, tendo curta existência. Em 15 de março de 1990, com o Plano Brasil Novo, nossa moeda retoma à denominação Cruzeiro. Em 1993 temos o Cruzeiro Real, que é transformado em Real em 1994.

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